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DE CROCODILA À TAUBATÉ: Ratos de Porão, Questions e Sub Mídian no Porca Miséria

24099657_1545281848886065_1923189591_nCaminhando sozinho numa segunda-feira de manhã chuvosa, tento buscar na memória qual foi a primeira música da banda Ratos de Porão que ouvi na minha vida. Concluo que foi em 1999, pelas ondas da extinta MTV Brasil, no clipe da música “Crocodila”, do disco Carniceria Tropical (1997).

De lá para cá, meu gosto por música pesada foi sendo alimentado por diversas bandas e estilos, e o Ratos de Porão sempre ali, presente, mas demorou para que eles se tornassem uma das minhas bandas favoritas. Aliás, meu consumo musical obscenamente volumoso me impede de eleger uma banda favorita. São muitas. Mas o RDP merece um destaque.

Mesmo com esses 18 anos separando o presente daquele primeiro contato com a banda, eu nunca havia visto um show dos caras. Já houve oportunidades, claro, eles já tocaram em minha cidade ou localidades próximas, mas as circunstâncias me afastaram de um dos shows mais pesados e barulhentos do rock brasileiro.

Eis que no último fim de semana, eles tocaram em Taubaté. Eu havia comprado os ingressos com mais de um mês de antecedência – à preços módicos, vale ressaltar – e fui com minha esposa conferir.

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O show aconteceu no Porca Miséria, casa que é uma das poucas que tem recebido shows de punk/hardcore na cidade nos últimos anos. Como era de esperar, a noitada reuniu um público bem variado. Punks, metaleiros, headbangers em geral e curiosos marcaram presença. Confesso que estava ansioso para ver esses caras que colecionam 33 anos de atividade, muitos discos, turnês no exterior, polêmicas e causos. Eles são a história musical viva diante de nossos olhos.

Não me atentei para quantas músicas eles tocaram. Foram muitas. Não marquei quanto tempo durou o show. Foi longo. Foi, creio, um dos shows mais barulhentos que já fui – está pau a pau com o show do Motorhead que assisti em 2009 em termos de decibéis marretando meus tímpanos.

Brutal, violento, rápido, visceral, atormentador e libertador. Soa como clichê, mas tem de ser dito: veteranos como João Gordo, Jão (subestimado como guitarrista, toca demais) e Boka (melhor baterista do hardcore brasileiro, é hipnótico vê-lo tocar numa velocidade alucinante!), todos na casa de 40 e 50 anos, judiados pelos tantos anos de excessos do rock, executando músicas numa velocidade absurda. É de impressionar e de aplaudir. O baixista Juninho, o mais novo do grupo e que entrou na banda em meados dos anos 2000, é o sangue novo que dá ainda mais vitalidade à banda.

Como um todo, o Ratos de Porão me impressionou. Não posso dizer se o show foi ótimo, bom, regular ou ruim. Isso fica em segundo plano, é tema para comentaristas que já os viram ao vivo mais de uma vez.

Fato é que Taubaté, uma terra onde shows de rock sempre foram e continuam cada vez mais raros, o encontro com Ratos de Porão, e ainda as bandas Questions e Sub Midian, também veteranas do underground nacional, revitalizam a cabeça da galera.

Na saída, minha esposa Talita e eu vimos João Gordo, de trás de um gradil, atendendo alguns fãs, tirando fotos e xingando um cidadão que queria abraça-lo. A cena, cômica, nos chamou a atenção e resolvemos assistir a sessão de tietagem. Foi curta, e logo João se viu parado, sozinho, sem ninguém para bajulá-lo ou irritá-lo, dependendo do ponto de vista de humor do velho vocalista.

Ele olhou para nós, acenou com a mão, chamando. Minha esposa foi, eu não estava a fim de tirar foto nenhuma com ele, pois já havia lido diversas vezes que o cara não gosta de tirar fotos. Mas a insistência dele foi tamanha que acabei indo. Batemos a foto, e para não ficar só nisso, Talita, na melhor das intensões, puxou assunto para constar algum tipo de interação com o cara.

Não rendeu muita coisa, além de uma conversa que parecia em código, intercalado com uma meia dúzia de “foda-se”. João Gordo é assim, personagem pop e multimídia que faz sucesso em TV, Youtube e rádio, mas que por vezes não interage com o público no show com a mesma desenvoltura que tem nas câmeras.

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Eu, Talita e João Gordo

De qualquer forma, está aí, sobrevivente, com 33 anos de Ratos de Porão e ainda levantando bandeiras que merecem ser carregadas, como a do combate ao neofascismo que se espalha principalmente pela internet e da música feita de forma honesta e relevante.

Vida longa aos Ratos de Porão. Eles ainda merecem ser ouvidos, mesmo que isso lhe renda um ou dois dias de surdez parcial por conta da monstruosidade de seu som.

PARATLETAS TAUBATEANOS VOLTAM DA ALEMANHA COM 7 MEDALHAS E DOIS RECORDES MUNDIAIS

Principal destaque foi o Multicampeão André Rocha, que quebrou Recordes Mundiais no Arremesso de Peso e no Lançamento do Disco, e vai disputar o Campeonato Mundial de Londres, em julho

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André Rocha, Kaian Silva e Júlio César Leite, em Berlim (Foto: Guto Nascimento/TimeEPT)

O saldo da participação da equipe de Paratletismo de Taubaté (SP) no Berlin Open Parathletics Grand Prix, disputado no último fim de semana na capital da Alemanha, foi excelente. Pela primeira vez na história, a cidade enviou uma delegação para a disputa de um meeting fora do Brasil. Dos três atletas que compuseram o time, apenas o multicampeão e multirecordista André Rocha já havia competido internacionalmente. Junto dele, Júlio César Leite e Kaian Silva embarcaram para o Velho Continente com a expectativa de disputar um GP de alto nível. O resultado foi muito bom, com saldo de 7 medalhas conquistadas em 7 provas disputadas – foram 5 ouros, uma prata e um bronze.

O grande destaque da campanha ficou mais uma vez com o arremessador André Rocha. O paratleta de 40 anos disputou pela terceira vez o Grand Prix de Berlim, e foi um dos destaques de todo o meerting. No sábado, 17, André disputou a prova do Arremesso de Peso (classe F52), e não decepcionou. Venceu com 11,60m e cravou com isso o novo Recorde Mundial da prova em sua classe. Vale destacar que o recorde anterior já era do próprio André, conquistado no início do mês em São Paulo, na etapa Nacional do Circuito Loterias Caixa.

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André Rocha no Arremesso do Peso (Foto: BSB/Ralf Kuckuck)

Embalado com a conquista no Arremesso de Peso, André chegou à pista do estádio Friedrich Ludwig Jahn Sports Park, em Berlim, no domingo com foco total na sua segunda prova, o Lançamento do Disco. Trazendo na bagagem também o atual Recorde Mundial desta prova, conquistado por ele em São Paulo no início de junho, onde fez 23,09m, a meta era melhorar essa marca e reforçar sua posição de favorito.

A meta proposta foi alcançada, e com sobra. André esteve muito bem e em sua melhor tentativa lançou o disco de 1kg à distância de 23,24m. Vitória na prova, e novamente Recorde Mundial quebrado.

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André com suas duas medalhas douradas que também lhe renderam dois Recordes Mundiais (Foto: Guto Nascimento/TimeEPT)

“Mais uma vez me sinto abençoado por tudo ter dado certo. Vinha treinando muito forte visando esse GP de Berlim, e principalmente no Disco, prova em que estou classificado para o Mundial, queria uma marca expressiva. E consegui. Estou feliz demais com esse ouro e mais esse recorde quebrado, só que eu quero mais. Minha cabeça já está em Londres, não vejo a hora de embarcar para lá e entrar naquele Estádio Olímpico. Tenho confiança de que chegarei ao Mundial ‘voando’, é a hora de trazer esse ouro para o Brasil e para a minha cidade. Por duas vezes passei perto de estar numa Olimpíada e no Mundial (em referência à Rio 2016 e ao Mundial de Doha, em 2015) quis o destino que não fosse a minha hora. Agora ninguém vai me tirar essa chance, quero o título mundial.”, comentou André, por telefone, direto de Berlim.

André Rocha volta ao Brasil hoje, junto com seus colegas de equipe e o treinador Guto Nascimento. O embarque dele para a Inglaterra será no próximo dia 09 de julho, junto com a delegação brasileira que disputará o Campeonato Mundial, em Londres. A competição acontece de 13 a 24 de julho, no estádio Olímpico da capital britânica.

JÚLIO CÉSAR VOLTA COM TRÊS MEDALHAS DE BERLIM
Apesar de ser um dos mais experientes atletas do time do Programa Esporte Para Todos, de Taubaté, Júlio César Leite (classe F56) nunca havia disputado uma competição fora do Brasil, e encarou essa experiência com muita garra. Em Berlim, o paratleta encarou três provas: Arremesso de Peso, Lançamento de Disco e Lançamento de Dardo. E subiu ao pódio nas três, trazendo uma medalha de cada cor.

No sábado, 17, ele disputou o Arremesso de Peso, e apesar do nervosismo da estreia conquistou a medalha de prata com a marca de 7,77m. Já no domingo, 18, ele encarou jornada dupla. Primeiro, no Lançamento do Disco encarou adversários europeus muito fortes, e conquistou a medalha de bronze, com 21,95m.

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Júlio é só sorrisos com sua trinca de medalhas conquistadas em Berlim (Foto: Guto Nascimento)

Já feliz com duas medalhas garantidas, mas sonhando com um ouro, ele partiu para o Lançamento do Dardo poucas horas depois. Mas o cansaço não foi impedimento para que ele fizesse uma ótima prova, nesta que é uma das suas modalidades mais fortes, e superasse seus adversários, conquistando o ouro com a marca de 23,11m. O segundo colocado foi o tcheco Jaroslav Klimes, que obteve como melhor marca 15,69m. O bronze ficou com Roman Telicka, também da República Tcheca, que fez 14,40m.

JOVEM KAIAN SILVA GARANTIU DOIS OUROS
Também em sua primeira competição internacional fora do Brasil, o taubateano Kaian Silva (classe T38/F38) teve de superar o nervosismo da estreia e de estar muito longe de casa para conquistar duas medalhas de ouro. Suas duas provas foram no sábado, 17. Primeiro ele encarou os 100m rasos, onde fez o tempo de 13.40s. Kaian, que pertence à classe T38, correu em uma bateria com atletas de outras classes, por isso terminou a prova como segundo. No entanto, em sua classe, fez o melhor tempo, conquistando a medalha de ouro.

Pouco tempo depois, ele disputou a prova do Salto em Distância, onde também foi soberano na classe F38, e levou o ouro com a marca de 5,06m.

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Kaian fez sua estreia internacional com duas medalhas de ouro (Foto: Guto Nascimento/TimeEPT)

TREINADOR FAZ AVALIAÇÃO POSITIVA DA COMPETIÇÃO
Para o treinador Guto Nascimento, que acompanhou os atletas na Alemanha, a experiência de levar uma equipe a este que é um dos mais respeitados e tradicionais meetings internacionais do paratletismo, foi muito bem sucedida.

“Embarcamos de volta para Brasil com a mala repleta de boas histórias e muitas medalhas. Representamos de maneira digna nossa cidade e o Brasil em Berlim. Foram 5 ouros 1 prata e 1 bronze. 7 medalhas em 7 provas disputadas. Além de 2 recordes mundiais. O saldo é muito bom e mostra que esses atletas se dedicam de corpo e alma ao que fazem. Estou muito orgulhoso deles, e esperamos continuar podendo contar com o apoio de patrocinadores para novas disputas em meetings fora do Brasil”, frisou o treinador, que ainda completou: “Agradeço muito pela torcida de todos os amigos e familiares, além do apoio da Prefeitura de Taubaté e de alguns empresários que tornaram este resultado possível”.

A delegação taubateana retorna da Alemanha nesta segunda-feira, 19, e desembarca no período da noite no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP).

Delegação de Taubaté embarca para disputa do GP de Paratletismo na Alemanha

TRÊS TAUBATEANOS DISPUTARÃO O TRADICIONAL GP DE PARATLETISMO DE BERLIM NOS DIAS 17 E 18 DE JUNHO

Friedrich Ludwig Jahn Sports Park - Berlin

Estádio Friedrich Ludwig Jahn Sports Park, em Berlim, onde acontecerá o GP (Foto Divulgação)

Pela primeira vez na história, a equipe de paratletismo de Taubaté (SP) terá uma delegação viajando para competir no exterior. Neste sábado, 10, os arremessadores André Rocha e Júlio César Leite, o saltador e velocista Kaian Silva, e o treinador Guto Nascimento embarcam rumo a Berlim, na Alemanha.

O quarteto representará a cidade no Berlin Open Grand Prix 2017, etapa alemã do circuito mundial de meetings de Paratletismo, promovidos pelo Comitê Paralímpico Internacional. O evento será disputado nos dias 17 e 18 de junho e  será disputado no estádio Friedrich Ludwig Jahn Sports Park, na capital alemã.

André Rocha, atual recordista mundial do Lançamento do Disco e do Arremesso de Peso (classe F52), retorna ao evento do qual já é bicampeão na prova do peso. Este ano, ele também disputará o Lançamento do Disco, prova na qual obteve índice para o Campeonato Mundial de Paratletismo, que será disputado a partir de 13 de julho em Londres.

“Será minha terceira vez na Alemanha, e o sentimento é de muita confiança. Depois de bater o recorde do Lançamento do Disco e carimbar minha vaga no time brasileiro no Mundial, estou mais leve, mais confiante e muito focado em ganhar minhas provas no GP de Berlim. Sei da minha responsabilidade como bicampeão do torneio, e agora, na minha nova classe, quero trazer mais medalhas.”, disse André.

André Rocha

André Rocha (Foto: Ronaldo Casarin)

Nas duas oportunidades em que já disputou o GP de Berlim, André ainda competia na classe F54. A partir deste ano, ele passou a disputar a classe F52, por conta de uma operação realizada na coluna cervical e que alterou sua capacidade atlética. No último fim de semana, competindo em São Paulo, ele fez o novo Recorde Mundial no Lançamento do Disco, com 23,09m. Em Berlim, André é um dos favoritos ao ouro, e quer melhorar essa marca.

“Tenho confiança de que posso melhorar ainda mais essa marca, mas vou com calma e focado em manter o bom rendimento. Daqui um mês estarei disputando o Mundial e é preciso em primeiro lugar ter essa constância nas marcas. Se sair um novo recorde na Alemanha, ótimo. Mas o foco maior é o Mundial.”, comentou.

Iniciantes querem lugar ao sol em Berlim
Se para André Rocha Berlim é território familiar, para os outro dois paratletas que embarcarão junto com ele, uma viagem ao exterior é novidade. Para Júlio César Leite, de 35 anos, será a primeira vez fora do Brasil, e a chance de alcançar seus melhores resultados da carreira.

Integrante da equipe de paratletismo de Taubaté desde 2010, coleciona medalhas de Jogos Regionais, Jogos Abertos do Interior, e das competições nacionais promovidas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro. Agora, ele quer um lugar ao sol também no âmbito internacional, e mira o Mundial e o Parapan, ambos em 2019, e as Paralimpíadas de Tóquio 2020.

“Estou num momento da minha carreira em que essa viagem ao exterior é muito importante. Quero dar o passo que preciso para brigar por resultados entre os melhores do Brasil. Tenho me dedicado muito aos treinos, estou em ótima forma e quero brigar por medalhas lá em Berlim, contra adversários muito fortes.”, disse Júlio, que vai disputar três provas: Arremesso de Peso, Lançamento de Disco e Lançamento do Dardo.

Júlio César Leite

Júlio César Leite (Foto: Ronaldo Casarin)

Além da briga por medalhas, Júlio César terá a chance de passar por uma classificação internacional. Essa etapa é quando o paratleta é avaliado pela equipe do Comitê Paralímpico Internacional, realizando uma série de testes de força, movimentos e coordenação, e onde é definido em qual classe ele vai competir.

“O Júlio competia em uma classe onde brigava com os melhores do país em suas provas, no entanto, houve uma determinação do Comitê Paralímpico Brasileiro e ele foi reclassificado, o que nós achamos que não está de acordo com a realidade física dele. Nessa nova classe, suas marcas estavam muito longe dos melhores. No entanto, uma classificação internacional como a que ele fará na Alemanha é mais completa e minuciosa, e acreditamos que ele será reclassificado dentro da classe que ele deve estar. Uma vez classificado internacionalmente, isso não pode ser contestado.”, explicou o treinador Guto Nascimento.

Júlio César está animado e um pouco nervoso com a primeira viagem de avião ao exterior. Para cobrir os custos de hospedagem, passagem e alimentação nos 9 dias que ficará na Alemanha, contou com a ajuda de apoiadores e amigos. Uma empresa de assessoria de corridas chegou a organizar um “treinão” para angariar doações para colaborar com a viagem.

“Tenho muito a agradecer a todas as pessoas que acreditaram nesse meu sonho de estar no GP de Berlim. Não vou decepcionar, estou indo para lá para brigar por medalhas e melhorar meus resultados.”, disse.

O caçula da delegação, Kaian Silva (classe T38), também passará pelo processo da classificação internacional para confirmar sua classe. Velocista e saltador, o paratleta está em crescimento nas provas de 100m rasos e Salto em Distância, e quer aproveitar o GP de Berlim para ganhar experiência e se firmar entre os melhores do país.

Kaian Silva

Kaian Silva (Foto: Ronaldo Casarin)

“Não vejo a hora de chegar logo e competir na pista de Berlim. Estou bem animado, estou me dedicando muito a esse GP na Europa. Há alguns anos, nem imaginava que um dia eu estaria viajando para a Alemanha para competir. É como um sonho, mas é real. E agora é foco total e aproveitar esses dias por lá para aprimorar minha técnica e melhorar as marcas”, comentou Kaian.

A Delegação de Taubaté embarca para a Alemanha em voo internacional partindo de Guarulhos (SP) neste sábado, 10 de junho, às 18h00. A equipe retorna ao Brasil no dia 19 de junho.

Vem aí mais uma edição da tradicional Festa do Divino Espírito Santo de São Luiz do Paraitinga – confira a programação

Realizada há mais de 200 anos, a Festa do Divino Espírito Santo, de São Luiz do Paraitinga é a maior festa religiosa de toda região. Em 2017, acontece entre os dias 26 de maio e 4 de junho com inúmeras celebrações e atrações, dentre elas, shows de grandes nomes como Sérgio Reis e Renato Teixeira, além de artistas locais, grupos folclóricos de várias outras cidades, cavalhada e a tradicional distribuição do afogado

São Luiz do Paraitinga, 12/06/2011. Foto: José Patrício/AE

Foto: José Patrício/AE (Arquivo)

Uma das maiores celebrações religiosas brasileiras, com registros desde o início da colonização portuguesa, a Festa do Divino Espírito Santo tem na cidade de São Luiz do Paraitinga um de seus pontos mais altos.

São, pelo menos, mais de 200 anos de realização ininterrupta e comprovada, celebrando o culto ao Divino e realizando inúmeras manifestações culturais, como shows, apresentação de grupos populares, distribuição de alimentos, cavalhada e uma imensa devoção e fé. Este ano, dentre as atrações, além da apresentação de expressivos artistas locais, também shows das irmãs As Galvão, Sérgio Reis e Renato Teixeira, entre outros.

 

Com realização entre os dias 26 de maio e 4 de junho, este ano a cidade resgata mais uma tradição dessa celebração, o Festival de Música Raiz Sertaneja, que logo no primeiro final de semana da Festa abre espaço para os compositores da região.

As duas primeiras eliminatórias acontecem sexta e sábado, dias 26 e 27 de maio, com a final no domingo, dia 28. No sábado, além da apresentação dos grupos locais, também o aguardado show das irmãs As Galvão, tudo acontecendo no coreto da praça central da cidade. Lembrando que na sexta-feira, 18h, acontece a procissão para a abertura do Império do Divino, local mais importante durante a festa, e que abriga os principais símbolos, como a coroa, o cetro e as bandeiras.

Durante toda a semana que se segue a programação e apresentações musicais não param. A partir da segunda-feira, a realização das Santas Missas, na igreja matriz, acontecem sempre às 19h, e às 21h acontecem, no coreto central, shows de artistas locais, respectivamente, de segunda a quinta, Moreno Overá, Cipó Cambira, Lume de Paraitinga e Tânia Moradei. Já na sexta-feira, dia 2 de junho, grande show com Sérgio Reis, depois o grupo paulistano A Barca, no sábado, e Renato Teixeira fechando o evento, no domingo, tudo no coreto central da cidade.

A distribuição do afogado, tradicional prato da culinária caipira, um cozido de carne com batata, vai acontecer nos dois sábados da Festa, sempre no mercado municipal, às 20h, dia 27 de maio e às 12h, no dia 3 de junho. Para se ter uma ideia da dimensão da oferta, para a distribuição foram doados cerca de 15.000 quilos de carne e 800 quilos de arroz, fora outras especiarias, para os dois dias de distribuição.

A Festa do Divino tem na distribuição de alimentos um de seus pontos altos justamente por serem realizadas tradicionalmente na época da colheita, para agradecer e pedir proteção, ainda na Idade Média. De origem portuguesa, costuma ser celebrada na pentecostes, cinquenta dias após a Páscoa, quando o Espírito Santo desceu do céu sobre a Virgem Maria e os apóstolos de Cristo.

Em São Luiz do Paraitinga, a primeira referência documental data de 1803, e mesmo assim com relatos de uma casa construída exclusivamente para sediar o Império, o que reportaria a ideia de uma festa já pré-existente e estruturada, mesmo antes disso. Durante o ano todo festeiro e foliões do Divino percorrem a zona rural e urbana recolhendo prendas e doações para a celebração da festa de então.

Serviço
Festa do Divino Espírito Santo de São Luiz do Paraitinga
Data: de 26 de maio a 4 de junho
Horários: atividades das 6h às 23h
Entrada franca
Local: cidade de São Luiz do Paraitinga – Km 42,5 da Rodovia Oswaldo Cruz, estrada entre as cidades de Taubaté e Ubatuba, a 170 quilômetros de São Paulo.

Dia 25 – quinta
19h – “Divina Prosa” – Mesa 1: O caipira na Festa do Divino

Dia 26 – sexta
16h – “Divina Prosa” – Mesa 2: A divina solidariedade da cultura popular
18h – Procissão para a abertura do Império
20h30 – 1ª Eliminatória do Festival de Música Raiz Sertaneja
22h30 – Show: Sopro Caipira

Dia 27 – sábado
10h – “Divina Prosa” – Mesa 3: A cultura e sua intervenção nas reconstruções
14h – Saída dos bonecões – João Paulino, Maria Angu e Vaca Louca
15h – Santa Missa
16h – Encontro das bandeiras
16h30 – Dança de fitas e apresentação de grupos da cultura popular
17h30 – Vivências com mestres de maracatu
18h – Show“Pratas da Casa” – Orgulho Caipira, Trio Inhengatu e Diovani Cappy
19h – 2ª Eliminatória do Festival de Música Raiz Sertaneja
20h – Distribuição do Afogado no Mercado Municipal
21h30 – Show: As Galvão
00h – Show: Kaio Lennon

Dia 28 – domingo
6h – Baque da alvorada, maracatu de baque virado
10h30 – Santa Missa
15h – Final do Festival de Música Raiz Sertaneja
17h – Show: Mais Caipira, com Ivan Vilela, Lenine Santos e Suzana Salles
19h – Santa Missa
21h – Retreta Corporação Musical São Luiz de Toloza

Dia 29 – segunda
19h – Santa Missa
21h – Show: Moreno Overá

Dia 30 – terça
14h – Moçambique – Vivência com Mestre Raulzinho Pires
19h – Santa Missa
21h – Show: Cipó Cambira

Dia 31 – quarta
19h – Santa Missa
21h – Show: Lume de Paraitinga

Dia 01 – quinta
14h – Maracatu – Vivência com Mestre Flávio Itajubá
19h – Santa Missa
21h – Show: Tânia Moradei, Eliomar Landim e Kabé Pinheiro

Dia 02 – sexta
14h – Moçambique – Vivência com Mestre Paizinho
19h – Santa Missa
20h – Dança de São Gonçalo e Vivência com Mestre Renô Martins
21h – Show: Sérgio Reis e banda
21h30 – Jongo – Vivência com Mestre Jefinho
00h – Show: Paranga

Dia 03 – sábado
9h – Show“Pratas da Casa” – Jonca e Juca, Nelsinho Mato Dentro, Inácio e Brás
10h30 – Santa Missa
12h – Distribuição do Afogado no Mercado Municipal
14h – Saída dos bonecões – João Paulino, Maria Angu e Vaca Louca
14h30 – Show: Céu de Lamparina
16h – Cavalhada de São Pedro – no Parque Linear Rei Canário
19h – Santa Missa
20h – Apresentação de grupos da cultura popular
21h – Grupo Folclórico Didi Andrade, dança de fitas, balaio e da lata.
21h30 – FAMIG, Fanfarra Monsenhor Ignácio Gióia
22h30 – Show: A Barca
00h – Show: Sianinhas

Dia 04 – domingo
6h – Alvorada com grupos de cultura popular
6h30 – Distribuição gratuita de café com paçoca
7h – Santa Missa
9h – Apresentação de grupos da cultura popular
10h – Procissão com os Reis do Congo
10h30 – Santa Missa
12h – Procissão do Mastro
13h – Show: Galvão Frade, homenagem ao Mestre Dito de Cotia
13h30 – Saída dos bonecões – João Paulino, Maria Angu e Vaca Louca
15h – Santa Missa seguida de procissão solene em honra ao Divino
19h30 – Queima de Fogos
20h – Show: Renato Teixeira (encerramento da Festa)

Papo de Arquibancada (Edição extra): Reféns de um treinador

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Foto: Bruno Castilho/ECT

O Esporte Clube Taubaté está caminhando a passos largos para ser rebaixado de volta à Série A3 do Campeonato Paulista. Após 4 jogos sem vencer, e apresentando um futebol medíocre, desorganizado, que beira o caos, as chances de classificação às semifinais da Série A2 deste ano já foram por água abaixo.

A questão agora, faltando 5 rodadas para o fim da primeira fase, é conquistar o máximo de pontos possível para se afastar da 15ª posição (a primeira da zona de rebaixamento). Atualmente o Taubaté está em 10º, com 20 pontos. O atual 15º colocado é o Mogi Mirim, com 14 pontos.

O que o torcedor que compareceu ao Joaquinzão na noite desta quinta-feira, 30/03, viu foi mais uma mostra de que o Taubaté está sem comando técnico. A derrota por 1 a 0 para o Guarani reforçou que Evaristo Piza, treinador que montou o elenco ao seu gosto, é limitado, previsível, e transfere ao time que comanda um espírito pouco combativo e apático.

Em que pese o Taubaté nunca deixar de correr, brigar, e lutar para vencer até o último minuto, tudo não passa de uma grande bagunça. A equipe não tem jogadas organizadas, não tem variações táticas que resolvam situações ao longo do jogo, e as substituições feitas por Piza são basicamente as mesmas, e continuam, rodada após rodada, não surtindo nenhum efeito ao longo do jogo.

E qual o motivo de Evaristo Piza continuar no comando do time, mesmo não apresentando um bom trabalho? É a pergunta que eu e tantos torcedores e colegas da imprensa fazemos, e não temos respostas.

Conversas de bastidores davam conta, em especial lá pela 6ª rodada, quando o Burro venceu o Capivariano fora de casa, que o elenco estava “fechado” com Piza. Ou seja, não aceitariam sua demissão, e estavam comprometidos em apoiá-lo. O problema é que em todo elenco de futebol “fechado” com um treinador, há aqueles que não estão tão a fim de se comprometer com o chefe, e isso acaba rachando o grupo.

De lá para cá, a coisa não melhorou. O Taubaté teve altos e baixos – mais baixos, diga-se – e agora está numa situação crítica. Piza continua confortavelmente em seu cargo.

Em outros anos, treinadores foram sumariamente degolados do comando do alviazul por muito menos. Em 2016 por exemplo, Álvaro Gaia foi demitido em situação bem menos grave do que a que se encontra a equipe comandada por Evaristo Piza.

Uma das hipóteses seria a de que o contrato assinado entre o E.C. Taubaté e Piza amarraria de certa forma sua permanência, provavelmente com base em uma multa rescisória alta ou algo assim. Se isso se confirmar, é um claro caso em que um treinador conseguiu sequestrar um time de futebol, e está cometendo uma série de abusos e torturas com o Burro.

Outra hipótese é de que o elenco – pelo menos em sua maioria – continua bancando a permanência do treinador, mesmo com o rendimento pífio e duas derrotas seguidas em casa (contra Sertãozinho e Guarani).

Em qualquer uma das hipóteses, a Diretoria do Taubaté, hoje na figura do presidente recém empossado Eduardo Cursino, e na vice-presidência de futebol, onde temos o ex-jogador Gilsinho – só para citar os postos mais importantes – tem sua parcela de culpa na crise que se instalou no clube.

A diretoria tem culpa, e tem a obrigação de tomar uma atitude. A mais sensata seria a troca de treinador. Há quem diga que seja tarde demais para apostar num novo nome, e que não há técnicos qualificados disponíveis para fazer a troca. Minha esposa soltou uma frase ontem após o jogo que resume essa questão: “Os dirigentes do Taubaté precisam vir a público e esclarecer que preferem manter o (Evaristo) Piza a se manter na A2. Eles nos devem essa honestidade”.

A hora é de assumir responsabilidades e apostar em mudanças. Se a diretoria preferir manter Piza até o fim, que arque com as consequências, inclusive as de um desastroso rebaixamento.

Se forem demitir, que o façam logo. Se o mercado não oferecer nenhum nome viável, que se improvise com alguém de casa. O próprio Gilsinho poderia fazer esse papel, ou basta olhar para as nossas categorias de base, onde Fred Testa e Sandrinho, ambos ex-jogadores do Burro, fizeram bons trabalhos com as equipes Sub 17 e Sub 20.

Por que não? É hora de motivar os jogadores, chacoalhar o elenco, trocar peças, e conquistar os pontos necessários para não cair. O cálculo aproximado aponta que com mais 6 ou 7 pontos em 5 jogos que restam, nos mantemos com folga na A2.

Cabe à torcida do Esporte Clube Taubaté, em especial por meio de suas organizadas, tomar outra postura diante do que tem acontecido. É momento de comparecer em treinos, fazer cobranças olho-no-olho, questionar treinador, diretores e jogadores. O que consta é que salários têm sido pagos em dia, a estrutura de moradia e alimentação é boa, e a estrutura de trabalho é razoável. O que falta?

Por que nosso time é um monstrengo sem alma que apresenta um futebol grotesco a cada rodada? O que o Brasil todo viu ontem pela TV, foi uma vergonha sem tamanho. É hora de termos um fato novo, algo que dê um choque em todo o elenco. Troca de comando é um primeiro passo. O tempo é curto, e não há espaço para mais erros.

É momento dos torcedores e da imprensa (a pouca que ainda liga para o Burro) voltarem a cobrar, estarem presentes no dia-a-dia do clube, e mostrar a todo esse pessoal que hoje está empregado no Taubaté, que é questão de vida ou morte permanecer na A2. E não estou exagerando.

Por Ronaldo Casarin
31/03/2017

Vem aí o III Balaio das Artes em São Luiz do Paraitinga

O III Balaio das Artes vai celebrar a diversidade cultural na estância turística e Patrimônio Histórico Nacional, a cidade de São Luiz do Paraitinga. De 20 a 23 de abril, público visitante e população local participarão, gratuitamente, de oficinas, palestras, exposições e shows de artistas locais, além de convidados, como a cantora Ceumar e o instrumentista e professor Ivan Vilela

 

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(Foto: Murilo S. Romeiro/Direitos Reservados)

A cidade de São Luiz do Paraitinga sempre se destacou pelas inúmeras manifestações artísticas e culturais ao longo de sua história. Seja pelo famoso Carnaval de marchinhas, desde a década de 1980, até a grandiosa festa do Divino Espírito Santo, há mais de dois séculos, além do incentivo às culturas populares e o orgulho próprio pela cultura local.

Num ambiente assim torna-se evidente o florescimento de manifestações artísticas em todos os níveis, e a cidade não perdeu tempo em juntar tudo num evento só, o Balaio das Artes, este ano realizando sua terceira edição, entre os dias 20 e 23 de abril, feriado de Tiradentes.

O evento é promovido pela AMI São Luiz com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura, Programa de Ação Cultural – ProAC.

Durante os quatro dias de evento, a programação será distribuída entre exposições, cinema, oficinas, aulas-show, rodas de conversa, recreação infantil e shows no principal coreto da cidade. Dentre eles, o músico local Camilo Frade, prestes a lançar seu segundo disco, convida a cantora Ceumar, influência confessa de Camilo, na sexta-feira. No mesmo dia, bandas consagradas da cidade como Baroni e a Kabereka Rock e outras de formação mais contemporânea, como a Céu de Lamparina, que divulga canções mais representativas do Festival de Música Junina, que acontece em São Luiz desde 1997.

Já no sábado a programação começa com a banda Los Cunhados, surgida em 2014, passando pelo emblemático grupo Paranga, que vai apresentar um repertório baseado na obra de Elpídio dos Santos, importante compositor luizense. Depois será a vez da banda Estrambelhados e, em seguida, o DJ Pedro Cerqueira – para estimular todo mundo a dançar em praça pública. A parte de shows encerra domingo, 17h, com a novíssima banda Despirocadas, que evidencia o repertório de marchinhas luizenses com temáticas femininas.

A programação trará também uma exposição subdividida em quatro temas: artes plásticas, artesanato, fotografia e luteria, na Casa Oswaldo Cruz. Estarão presentes pintores, bordadeiras, fotógrafos e bonequeiros representativos das artes locais. A oficina “Tinta Livre sobre Xerox”, vai convidar o participante a colorir com guache desenhos de abordagem naïf, do artista José Carlos Monteiro. Para as crianças, o evento “Pé na Rua – Retalhos de nossa história”, promoverá brincadeiras de rua, além de jogos lúdicos e sonoros, das 16h às 18h, sexta e sábado, e das 9h às 11h, no domingo, dia 23.

A intensa programação de cinema trará desde oficinas de pós-produção e documentário até a exibição de seis curtas metragens, três na sexta e três no sábado, na biblioteca municipal da cidade. De sexta a domingo, entre 10h e 12h, no Mercado Municipal, apresentação de violeiros luizenses. Para as aulas-show, artistas locais dissecam o processo composicional da cidade, também especificando sobre a evolução das famosas marchinhas de Carnaval. Já o violeiro e mestre em Composição Musical Ivan Vilela discorrerá sobre história e cultura ao som da viola.

 

Serviço/Programação

III Balaio das Artes em São Luiz do Paraitinga

Data: de 20 a 23 de abril (de quinta a domingo)
Horários: atividades das 9h às 23h

Shows no Coreto Elpídio dos Santos, Praça Dr. Oswaldo Cruz

Dia 20
21h30 – Sopro Caipira

Dia 21
13h30 – Lume de Paraitinga
17h – Céu de Lamparina
20h – Fanfarra Monsenhor Ignácio Gióia (FAMIG)
21h – Baroni & a Kabereka Rock
23h – Camilo Frade e Ceumar

Dia 22
15h – Los Cunhados
20h – Paranga
22h30 – Estrambelhados
00h – DJ Pedro Cerqueira

Dia 23
14h – Arthur Valente Trio
17h – Despirocadas

Viola no Mercado, Mercado Municipal
De 21 a 23, entre 10h e 12h

Aulas-show, Centro Turístico e Cultural Nelsinho Rodrigues
Dia 21, às 10h – “Estilo Quar’ de Mata: ‘comé que se faz?’ ”, com Thar e Marko Aurélio

Dia 22, às 10h – “Viola Violar: história e cultura no som da viola”, com Ivan Vilela

Dia 23, às 10h – “A evolução harmônica, melódica e rítmica das marchinhas de São Luiz do Paraitinga”, com Alexandre Peixe.

Rodas de Conversa, Centro Turístico e Cultural Nelsinho Rodrigues

Dia 21, às 14h – “Mas, o saci tem história?”, com José Carlos Sebe Bom Meihy

Dia 21, às 16h – “Conexões afetivas em territórios da cultura popular”, com Betão Aguiar e Dane de Jade.

Dia 22, às 16h – “Políticas culturais: onde estamos e para onde vamos”, com Benito Campos, Leandro Barbosa, Netto Campos e Pedro Moradei.

Dia 23, às 15h – “Cultura local: Em quais ovos estamos pisando”, com Maurício Delamaro

Recreação Infantil, Praça Euclides Vaz de Campos (pracinha do Calçadão)
Dias 21 e 22, das 16h às 18h e dia 23, das 9h às 11h – “Pé na Rua – Retalhos de nossa história”, com as mediadoras Amanda Cursino, Marina Gabos e Tais Carvalho.

Exposição Balaio das Artes, palestra e oficina, Casa Oswaldo Cruz
Exposição – de 21 a 23, das 10h às 18h – artes plásticas, artesanato, fotografia e lutheria.

Palestra – Dia 21, às 11h – “O Universo Fantástico de Geraldo Tartaruga”, com Cesar Roberto Olandim.

Oficina – Dia 23, às 11h – “Tinta Livre Sobre Xérox”, com José Carlos Monteiro.

Cinema, Biblioteca Municipal Nelson Ferreira Pinto
Oficinas, de 21 a 23/04

Das 10h às 12h – “Pós-produção”, com Diego Freitas

Das 13h às 14h30 – “Documentário”, com Sylvio Rocha

Exibição de Curtas, das 18h às 20h

Dia 21 – “Somos Todos Sacis”, de Sylvio Rocha e Rudá K. Andrade / “Procissão das Almas”, de Luciana Monteiro / “Iara do Paraitinga”, de Mariana Gabriel.

Dia 22 – “Das Festas Fogos, Para-raios”, de Fabio Gomes, Vanessa Gomes de Paula, Henrique Garcia, Tatiana Baptista, Pedro H. Gava / “Medo do Escuro”, de Edivaldo dos Santos “Pipoca” / “Catuçaba”, de Bruno Jorge.

Espetáculo, Centro Turístico e Cultural Nelsinho Rodrigues
Dia 21, às 19h – “Um Marco”, com Lu Monteiro, João Gualberto e Joana Egypto

Balaiarte, grafite no Balaio, rua Luiz Antonio da Silva
Dias 22 e 23, das 10h às 13h – com o designer gráfico Vinicius Cabram (aberto ao público).

Festival de Marchinhas de São Luiz do Paraitinga vai ser realizado e inscrições já estão abertas

Depois de ser anunciado pela Prefeitura de São Luiz do Paraitinga que o tradicional Festival de Marchinhas Carnavalescas não seria realizado por conta dos problemas financeiros que o município enfrenta, os fãs da folia luizense podem comemorar.

O Festival, que em 2017 celebra sua 32ª edição, vai acontecer. As inscrições já estão abertas, e vão até o dia 10 de fevereiro. As datas das apresentações das marchinhas serão 18 e 24 de fevereiro.

Com a negativa do poder público municipal em viabilizar o evento, que desde os anos 90 vem sendo realizado de forma aberta na Praça Osvaldo Cruz, no centro da cidade, alguns músicos e comerciantes da cidade se movimentaram para tentar viabilizar a realização do Festival.

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Quem assumiu a heroica tarefa de coordenar o evento é o músico e agitador cultural Pedro Moradei, fundador dos blocos do Caipira e do Bloco do Beijo, e entusiasta do Festival desde seu início, em 1984.

“Nem mesmo em 2010, após a grande enchente, o Festival de Marchinhas deixou de ser realizado. Então nós, que vivemos a música e a cultura carnavalesca da cidade, não queríamos deixar passar em branco essa 32ª edição”, explicou Pedro, que diz estar contando com o apoio de muita gente envolvida com o carnaval luizense para a realização do Festival, mas que está em busca de apoiadores e patrocinadores. “Pelas nossas contas, será preciso R$ 20 mil para a coisa toda acontecer. Por isso estamos correndo atrás de patrocinadores para ajudar. Tenho fé que vamos conseguir e a festa vai ser bonita”, afirma Pedro.

Para que o evento pudesse ser realizado, algumas mudanças serão efetuadas. Desta vez o Festival deixará a Praça Osvaldo Cruz e será realizado no Clube de Campo, localizado na estrada municipal do Rio Acima (distante 1 Km do centro). “A saída encontrada foi realizar o evento de forma fechada, como nas primeiras edições. O Festival nasceu sendo realizado no clube, e este ano, vamos realizar lá”, explica Moradei. Por conta disso, o evento terá cobrança de ingresso, o que também ajudará no custeio dos astos, já que a Prefeitura não vai arcar com nenhuma responsabilidade. O valor do ingresso será de R$ 20,00 para cada dia de Festival.

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Músico Pedro Moradei, coordenador do Festival de Marchinhas 2017. “O Festival de Marchinhas é a chance de expressarmos nossa alegria e vontade de brincar a folia de São Luiz do Paraitinga” (Foto: Crescente Produções/Fábio Gomes/Reprodução)

Outra mudança é que ao invés de três fins de semana de apresentações, o Festival terá apenas duas datas. No dia 18 de fevereiro, sábado, acontecerão as classificatórias, onde 16 canções serão apresentadas e as 10 melhores passam para a finalíssima. No dia 24 de fevereiro, sexta-feira de Carnaval, acontece a grande final. Como nos anos anteriores, haverá premiação em dinheiro para as vencedoras.

Além das apresentações das marchinhas concorrentes, nos dois dias de Festival após a competição a noite segue animada com a apresentação de bandas tocando o melhor da música carnavalesca de São Luiz do Paraitinga.

“Como não teremos o carnaval, o Festival de Marchinhas é a chance de expressarmos nossa alegria e vontade de brincar a folia de São Luiz do Paraitinga. Esperamos com isso manter viva nossa música, os bonecões, as roupas de chita e as tradições que realmente fazem de São Luiz do Paraitinga um reduto único de carnaval”, comenta Moradei.

Inscrições
Os compositores tem até o dia 10/02 para efetuar suas inscrições. A inscrição deve ser feita pessoalmente no Restaurante Tempero da Terra, que fica em dois endereços:

Em São Luiz do Paraitinga, na Rua Cel. Domingues de Castro, 178.
Em Taubaté, na Rua Visconde do Rio Branco, 659, no Centro.
Informações: (12) 99727-1634, com Pedro Moradei.

SERVIÇO
32º Festival de Marchinhas Carnavalescas
São Luiz do Paraitinga/SP
Quando: 18/01 (eliminatórias) e 24/01 (final)
Onde: Clube de Campo – Estrada municipal do Rio Acima, 374.
Quanto: Ingressos R$ 20,00
Mais informações: (12) 99727-1634

Gole Constitucional

beerCom a tranquilidade de quem toma uma cerveja em plena terça-feira após o almoço, sentou-se à calçada, sob a sombra da marquise e observou a cidade ao seu redor – gole após gole.

Sem pressa, absorvendo o mormaço que castigava junto a uma leve brisa quente, gole após gole esperava o tempo passar. Gole após gole.

De lá, sairá apenas quando a última gota de afago moral acabar. Sua paz deve gerar inveja em muitos que não podem segui-lo na atitude libertária de se recusar a sofrer por causas rasas e supérfluas que a vida nos apresenta.

A todos os trabalhadores desse mundo, deveria ser dado o direito constitucional de beber uma cerveja numa terça-feira após o almoço.

Ronaldo Casarin, 03/01/2017