Início » Cinema

Arquivo da categoria: Cinema

Banda Zumbis do Espaço estreia novo projeto juntando cinema e música no Cine Joia em São Paulo

a348db74-c4d4-46aa-a499-2ace69935514

A banda de “horror rock”, Zumbis do Espaço, foi a escolhida para a estreia do Cinesthesia, novo projeto da casa de shows Cine Joia, que pretende voltar as origens do cinema inaugurado no mesmo local nos anos 1950. A ideia é misturar as projeções dos filmes no famoso mapping 3D da casa, com uma banda ao vivo que tenha o perfil do gênero da noite.

O primeiro Cinesthesia será no próximo domingo, dia 09 de novembro, em clima de Halloween, com a exibição de dois clássicos do terror dos anos 1970: “O Massacre da Serra Elétrica” e “O Exorcista”. Entre uma exibição e outra é possível conferir o show do Zumbis do Espaço com direito a pipoca à noite inteira e uma cerveja grátis pelo valor de R$ 40. Apenas 300 ingressos serão vendidos nessa noite.

Serviço:
Cinesthesia com Zumbis do Espaço

Data: 09/11/2014 às 18h
Local: Cine Joia – Praça Carlos Gomes, 82 – Liberdade. São Paulo – SP
Ingresso: R$ 40,00 (pipoca + uma cerveja)

Não conhece os Zumbis do Espaço? Confira o som deles:

Documentário destaca crise econômica na Europa e sua relação com o fascismo

O peso do fascismo na Itália de Mussolini, a ocupação nazista na Grécia, o legado nazista de Hitler e suas consequências na atualidade. Estes são alguns dos pontos discutidos no documentário “Fascismo S.A”. O filme foi dirigido e escrito por Aris Chatzistefanou, jornalista grego, que conta em histórias curtas o presente, passado e o futuro do fascismo e suas ligações com os interesses políticos e econômicos de cada época até os dias atuais.

O filme remonta a história do fascismo na Europa e sua conexão com a crise econômica que assola a Europa desde 2011. Tal crise se espalhou por todo o mundo, derrubando índices das bolsas de valores e gerando um clima tenso e negativo em relação à economia mundial.

Capa de "Fascismo S.A"

Capa de “Fascismo S.A”

O documentário denuncia a cumplicidade dos partidos gregos no poder, como o Nova Democracia e PASOK, e a relação dos meios de comunicação com os neonazistas membros da Aurora Dourada (organização política grega). Segundo Aris Chatzistefanou, as elites políticas e os meios de comunicação favoreceram o auge da formação neonazista pela Europa.

O diretor destaca no filme como a política de austeridade chegou à Grécia e declara: “toda a Europa está atolada na escuridão da extrema direita”. Para ele, é preciso que os movimentos sociais se unam para combaterem esse fascismo vigente na Europa, principalmente na Grécia.

“Porque a crise econômica que favorece o crescimento do fascismo e do nazismo está à frente de nós e em nosso passado”, declara Chatzistefanou, no intuito de inspirar os movimentos antifascistas europeus.

Através da obra, o diretor promove um jornalismo independente e convida os jovens a uma reflexão sobre a realidade atual da Europa e para um envolvimento maior na mudança da esfera política.

O documentário está disponível no Youtube, com legendas automáticas.

“Repare bem” mostra as marcas deixadas pela ditadura em três gerações de uma família

“Repare bem” é um documentário dirigido pela portuguesa Maria de Medeiros, que mostra a trajetória de militância, tortura e exílio vividos durante a ditadura militar no Brasil pela militante de esquerda, Denise Crispim e que afetaram três gerações de sua família. O filme consiste em depoimentos de Denise, que rememora as histórias de sua mãe, Dona Encarnação, também militante política, e de Eduarda Crispim, filha de Denise, que comenta a sua experiência de vida, em especial sobre a ausência do pai, o militante Eduardo Leite “Bacuri”.

O documentário remonta os fatos históricos a partir dos depoimentos emocionados das mulheres da família Crispim. De acordo com a diretora, “ao fazer o filme, me dei conta de que quanto mais eu buscava o lado pessoal, mais eu chegava aos fatos históricos”.

_ON CARTAZ REPARE BEM_04
Denise Crispim sofreu muito durante a ditadura, foi perseguida política em São Paulo, obrigada a enfrentar sua gravidez na prisão, teve que encarar a realidade de ter o marido e irmão assassinados pelos órgãos de repressão da época, além de fugir para o Chile e depois partir para a Itália. Dona Encarnação, mãe de Denise é lembrada nos depoimentos e em fotos. Sua neta, Eduarda Crispim, fala sobre a dificuldade de ser criada sem o pai, Eduardo Leite “Bacuri”, um dos responsáveis por orquestrar o sequestro do cônsul japonês Nobuo Okushi e do embaixador alemão Ehrenfried Von Holleben.

O filme, além de mostrar a trajetória de luta da família por justiça e as provas terríveis que tiveram que passar para honrar seus ideais, mostra uma delicada ligação familiar que ainda merece cuidados. É possível perceber que Denise reconhece suas falhas e que sua filha ainda não conseguiu perdoá-la totalmente por ter se dedicado a um ideal que acabou marcando profundamente a família.

“Repare bem” integra o projeto Marcas da Memória, da Comissão de Anistia, que já promoveu vários trabalhos a respeito dos perseguidos políticos do Golpe de 1964. Foi premiado como Melhor longa estrangeiro do Festival de Cinema de Gramado deste ano, recebeu o troféu de melhor filme segundo o Júri da Crítica e o Prêmio Dom Quixote, concedido pela Federação Internacional de Cineclubes.

Fonte: Agência Adital

Assista o trailer:

Assista “This Is England 88” com legendas em português

This is England '88 - oi-tube.blogspot.com.br

Na postagem de ontem aqui no Idéias & Conversas, escrevi a respeito da expectativa sobre as filmagens de “This Is England 90”, série que, segundo seu criador e diretor, o inglês Shane Meadows, fechará o ciclo que começou com o filme e as duas mini-séries subseqüentes.

Como também já comentei, o filme é exibido casualmente em emissoras de TV por assinatura. E a primeira mini-série, “This Is England 86”, foi exibida apenas uma vez no Brasil pelo canal por assinatura +GLOBOSAT.

Já a sequência “This Is England 88” não chegou a ser exibida no Brasil. Para assistir, os fãs tiveram de se virar pela internet, com downloads e versões sem legenda.

Eu, que tenho um inglês de beira de cais, só consegui uma versão com legendas depois de muita garimpagem. Elas até que estavam razoavelmente bem feitas, mas estavam dessincronizadas. Um horror para entender.

Para ajudar os fãs da série, e também aos que porventura se interessaram pela bela obra que Shane Meadows criou sobre a juventude inglesa da década de 1980, trago aqui uma opção razoável para que se assista “This Is England 88” numa qualidade boa.

No link abaixo, há a opção de baixar os episódios, ou assistir online. Faça bom proveito, e vida longa a Shane meadows e seus skinheads problemáticos. Isto é Inglaterra!

CLIQUE AQUI PARA BAIXAR OU ASSISTIR “THIS IS ENGLAND 88”

Cultuada série de TV sobre Skinheads terá sequência filmada ainda em 2014

Shane Meadows, diretor e autor do filme “This Is England”, e das duas mini-séries que serviram de continuação para a história, disse à BBC que a continuação da série, que receberá o título de “This Is England 90”, será filmada ainda em 2014, e vai ser melhor que as produções anteriores.

 

O inglês Shane Meadows, diretor e autor de This Is England

O inglês Shane Meadows, diretor e autor de This Is England

 

“This Is England”, o filme, foi lançado em 2006, e trata-se de uma espécie de autobiografia do diretor, que cresceu em meio a um grupo de amigos, na década de 1980, e viveu de perto a cultura Skinhead. O filme tem a história centrada em Shaun (personagem inspirado nas memórias de Meadows), que cresce órfão de pai, sendo sacaneado na escola, e encontra num grupo de skinheads a amizade que tanto queria. Além de ser aceito no grupo, Shaun experimenta com essa galera as novidades que a adolescência proporciona: garotas, afirmação da masculinidade, brigas, festas, e em se tratando dos skinheads da década de 1980, o contato perigoso com o neonazismo. Veja o trailer:

 

Com o sucesso do filme, Shane Meadows produziu ainda duas mini-séries: “This Is England 86” (lançado em 2010, com 4 capítulos), e “This Is England 88” (lançada em 2011, com 3 capítulos). Nas séries, o foco deixa de ser apenas Shaun, e voltas-se aos outros personagens, especialmente Low, uma das garotas da turma, interpretada pela ótima Vicky McLure.

As duas mini-séries foram exibidas na Inglaterra pela emissora Channel 4. No Brasil, apenas “This Is England 86” foi exibida pelo canal por assinatura +GLOBOSAT. O filme “This Is England” chegou a ser exibido também em canais por assinatura, eu mesmo assisti apenas uma vez na TV, no canal I-Sat.

Joseph Gilgun e Vicky McClure, em foto promocional de "This Is England 86"

Joseph Gilgun e Vicky McClure, em foto promocional de “This Is England 86”

Na recente entrevista concedida à BBC, o diretor Shane Meadows confirmou que a sequência da série será filmada ainda em 2014, mas não deu mais detalhes a respeito da data de lançamento. A história seguirá o curso cronológico, com base nos fatos já ocorridos no filme e nas duas mini-séries anteriores. Ele confirmou ainda que muitos membros do elenco original estarão presentes na nova série.

Shane Meadows admitiu, na entrevista dada no final de março, que ainda não tinha terminado de escrever o roteiro, mas disse que está muito animado com o projeto. “As histórias que temos reunido para a série devem fazer dela a melhor, será uma produção superior às outras”, disse ele.

A série This Is England ajudou a lançar a carreira de Thomas Turgoose, o jovem ator que estreou no cinema com o papel do perturbado adolescente Shaun. Turgoose recebeu ótimas críticas, e foi premiado pela revista Empire e recebeu também premiação do British Independent Film Awards. A série também é estrelada por Vicky McClure e Joseph Gilgun.

 

Thomas Turgoose, que interpretou Shaun, personagem central do filme de 2006 e que é inspirado no próprio diretor Shane Meadows

Thomas Turgoose, que interpretou Shaun, personagem central do filme de 2006 e que é inspirado no próprio diretor Shane Meadows

 

O diretor Shane Meadows diz que o elenco original vai voltar, mas não revela muito sobre o enredo. “Haverá uma grande quantidade de nascimentos, óbitos e casamentos”, resumiu de forma genérica.

Para os fãs da cultura Skinhead que aprenderam a gostar do filme e das séries sobre os estranhos skinheads de uma fictícia cidade inglesa, resta esperar por mais um lançamento. Para ler mais sobre as séries, CLIQUE AQUI e confira postagens antigas sobre This Is England.

Qual será o retrato de “Getúlio”?

No livro “A Imprensa X Lula – Golpe ou Sangramento”, de Antônio Barbosa Filho, há um depoimento do jornalista Paulo Henrique Amorim, atualmente âncora da TV Record. Na fala, ele cita o que ficou conhecido como PIG (Partido da Imprensa Golpista), uma seleta fatia da grande mídia brasileira que, à serviço dos poderosos, atua de forma a desestabilizar os governos eleitos pelo povo brasileiro, desgastando deus representantes e, consequentemente, derrubando-os.

Paulo Henrique Amorim cita que o primeiro a sofrer com o PIG foi Getúlio Vargas, um dos principais nomes da política do Brasil, admirado por muitos, odiado por tantos outros, ditador e pai dos pobres, uma figura única.

Lembrei-me desta passagem pelo fato de que para marcar os 60 anos da fatídica manhã de 24 de agosto de 1954, quando o presidente foi encontrado morto em seu quarto com um tiro no peito, após suicidar-se, será lançado no próximo 1º de maio o filme “Getúlio”.

Tony Ramos interpretando Getúlio Vargas, em filme que chega aos cinemas em 1º de maio de 2014

Tony Ramos interpretando Getúlio Vargas, em filme que chega aos cinemas em 1º de maio de 2014

Apesar de ser mais um daqueles filmes recheados por atores da Globo – o papel de Vargas ficou a cargo do competente Tony Ramos, esta produção uma passagem da história de Getúlio à frente da presidência Brasil muito importante.

O thriller político retrata os momentos finais da crise que levou a sua morte, nos 19 dias que antecedem o 24 de agosto de 1954. Do primeiro tiro, o atentado contra Carlos Lacerda na Rua Tonelero, na madrugada de 5 de agosto; ao segundo, o tiro no peito que matou o presidente na manhã do dia 24.

“Getúlio” é dirigido por João Jardim, e além de Tony Ramos no papel de Getúlio Vargas, o filme conta com nomes como Alexandre Borges, no papel de Carlos Lacerda, e Drica Moraes, como Alzira Vargas, filha de Getúlio. O filme estreará em 1º de Maio, Dia do Trabalho, data de enorme peso e ligação com a figura de Getúlio, primeiro presidente a implementar profundas reformas na área trabalhista.

VEJA O TRAILER

Espero com curiosidade para ver o filme, pois quero saber se o retrato de Getúlio que será pintado na tela grande será “romantizado”, tratando-o como um herói das massas que foi vítima de uma conspiração; ou de um ditador que cavou sua própria sepultura. Penso que nem uma coisa nem outra, ou melhor, um pouco das duas. Fato é que Getúlio Vargas sempre será um personagem mítico que rende muita pesquisa e sempre haverá um fato novo a ser investigado e retratado. Que este filme, que parece ser de boa produção, ajude a contar às novas gerações a história do primeiro presidente popular a ser “fritado até a morte” por seus opositores.

“O melhor da festa é esperar por ela”

Documentário faz a ligação entre o folclore de São Luiz do Paraitinga e o carnaval de marchinhas, que tornou essa pequena cidade um tesouro cultural brasileiro

eu sou o coração do carnaval capa

A velha São Luiz do Paraitinga (SP) parece ser fonte infinita de histórias. E para a sorte de quem gosta da cidade, e gosta de cultura brasileira – especialmente aquela que é fruto das entranhas desse país continental, uma geração talentosíssima de documentaristas tem produzido material importante que perpetuará a memória, as tradições, as histórias e a áurea quase sagrada que este pequeno município valeparaibano carrega.

“Eu sou o Coração do Carnaval” (2013) é um curta-metragem lançado pela D’Esquina produções, e conta com a co-direção de Gabriel de Paula, Jairo Neto, Marcel Rocha e Ricardo Devecz.

O documentário, que tem duração de certeiros 25 minutos, apresenta um apanhado geral das personagens e lendas que circulam na festa de carnaval de São Luiz do Paraitinga, onde música, tradição e imaginação não apenas povoam as mentes dos compositores locais de marchinhas mas como de todos os moradores que convivem nesse universo rico e colorido.

ASSISTA O DOCUMENTÁRIO COMPLETO:

Logo na abertura do filme, o contador de histórias José Carlos Monteiro já presenteia o espectador com a lenda da mulher que se transformou numa grande cobra d’água, e que segundo consta, eternamente punirá a cidade caso festas profanas sejam realizadas por ali.

A obra conta com depoimentos ricos de pessoas importantes ligadas à cultura musical/carnavalesca luizense, como o músico e compositor Galvão Frade, Benito Campos, do Bloco Juca Teles, Odair Santos, do Bloco do Lençol, Pedro Moradei, que é compositor e fundador de vários blocos, incluindo o Bloco do Caipira, um dos mais queridos pelos frequentadores do carnaval luizense. A cantora Suzana Salles também aparece no filme dando sua palavra e contando como uma paulistana veio a se tornar uma das vozes mais conhecidas da musicalidade luizense, e não poupa elogios à musicalidade local: “As pessoas fazem música, elas compõem, exercitam a sua criatividade coletivamente, um mostra pro outro, e isso é uma trama, uma rede, uma fibra tão forte que é fora do normal.”.

Outro ponto interessante do documentário são as filmagens antigas, do carnaval, dos festivais de marchinha dentre outras passagens importantes. Há, por exemplo, um registro em vídeo do pioneiro e já extinto bloco Enkuka a Kuka, no carnaval de 1987, que é um verdadeiro tesouro.

Outro ponto legal mostrado pelos documentaristas é a questão da formação da musicalidade que tornou São Luiz tão conhecida. O músico Moreno Overá, vencedor do Festival de Marchinhas de 2012 em parceria com o garçom Totó Porqueira, diz em um trecho: “As marchinhas de São Luiz tem identidade própria. São marchas progressivas, com influencias que vão de congada até reggae”.

O documentário não deixa de fora a grande enchente de janeiro de 2010, que foi e provavelmente será um dos marcos históricos da cidade. Pedro Moradei e Suzanna Salles dão depoimentos falando da tristeza que assolou o povo luizense e as pessoas mesmo não morando lá têm alguma ligação afetiva com o local. Falam também, claro, de como a reconstrução da cidade deu uma nova vida ao pequeno município engolido pelo rio.

Bom documentário, que rodou o Brasil por diversos festivais independentes, e chegou a ser exibido também no exterior, como no Festival Cine del Sur 2013, em Pereira na Colômbia, FICT 2013, em Toluca no México, X FENACO, em Lambayeque no Peru e no 6º Festival Cine//B, em Santiago no Chile.

P.S.: O titulo deste texto foi retirado de uma fala de Odair Santos, do Bloco do Lençol, que citou sua própria mãe, que costuma dizer: “O melhor da festa é esperar por ela, porque depois que passa, adeus…”.

 

 

Documentário ‘Memória Luizense’ é destaque hoje no Canal Brasil

digitalizar0001O Canal Brasil, emissora paga voltada exclusivamente à produções nacionais, exibe nesta quarta-feira (05/02) o documentário “Memória Luizense – A passagem do tempo em São Luiz do Paraitinga”. O filme vai ao ar às 19h00 (horário de Brasília).

“Memória Luizense” é um relato emocionante da passagem do tempo na histórica e bela cidade de São Luiz do Paraitinga (SP), encravada aos pés da Serra do Mar. Os personagens que contam essa história são as pessoas que efetivamente dão vida à cidade: seus moradores.

São retratadas as mudanças ocorridas nas últimas décadas, a inspiração da tradição religiosa nos afazeres do dia a dia, as manifestações populares e os costumes que se mantêm inalterados ao longo dos últimos 80 anos.

O documentário foi lançado originalmente em 2012, e contou com grande equipe que trabalhou na captação dos depoimentos e demais registros que formam esse importante documento da história de uma das cidades que é um verdadeiro tesouro cultural do estado de São Paulo e do Brasil.

O filme foi realizado pela AMI São Luiz, entidade que trabalha na preservação da memória da cidade e Quatro Quatro Zero Produções. A coordenação geral foi de Luiz Egypto de Cerqueira e produção musical de Galvão Frade.

Trailer:

O Canal Brasil vai exibir o documentário em horário alternativo, na próxima segunda-feira, 10/02, às 17h30.

Memória Luizense está disponível em DVD, e também pode ser assistido, na íntegra, pelo Youtube:

Horror à brasileira: Canal Brasil exibe ‘O Despertar da Besta’, de Zé do Caixão

cartaz_despertar
A madrugada desta quarta feira (05/02) será mais tenebrosa para quem estiver sem sono. O Canal Brasil exibe à 01h40 o clássico filme “O
Despertar da Besta – Ritual dos Sádicos” (1969). Com produção, direção e atuação de José Mojica Marins, mundialmente conhecido como Zé do Caixão, o filme é uma das obras mais polêmicas da carreira do cineasta.

Tomei a liberdade de usar a ótima sinopse que está no livro “Mardilto – a vida e o cinema de José Mojica Marins, o Zé do Caixão”, de André Barcinski e Ivan Finotti:

Um psiquiatra injeta LSD em quatro voluntários para estudar os efeitos do tóxico sob a influência da imagem de Zé do Caixão. O personagem aparece de maneira diferente nos delírios psicodélicos de cada um, misturando sexo, perversão, e sadismo. Numa brilhante narrativa não-linear formada por episódios sem ligação, Mojica adere à metalinguagem para analisar o efeito de seu polêmico personagem no inconsciente coletivo. Vetado pela Censura Federal mesmo após inúmeros cortes, até hoje o filme foi exibido em festivais e sessões especiais.

Corrigindo a sinopse, já que o livro foi lançado em 1998, nos anos 2000 o filme foi relançado em DVD, na ótima coleção que reeditou os melhores filmes de Mojica de forma a fazer com que sua obra chegasse até as novas gerações de fãs do cinema de horror.

José Mojica Marins interpreta Zé do Caixão em cena de "O Despertar da Besta"

José Mojica Marins interpreta Zé do Caixão em cena de “O Despertar da Besta”

“O Despertar da Besta” foi filmado em 1969, mas somente em 1983 conseguiu ser exibido pela primeira vez. Em 1986, o filme recebeu duas premiações no Rio-Cine Festival: Melhor Ator, para José Mojica Marins, e Melhor Roteiro, para Rubens F. Lucchetti.

Trailer:

Preguiça de ficar acordado até tarde? Sem problemas, o filme está disponível na íntegra no Youtube. Divirta-se. Viva Zé do Caixão.

P.S.: O Canal Brasil vai reprisar o filma na madrugada de quinta para sexta, 07/02, às 04h00.

Um Genial Filme de Zumbis

Cargo-Short-Film
Ok, pode parecer exagero, já que há outros clássicos filmes de zumbis que são imbatíveis. A trilogia de George Romero: “A Noite dos Mortos Vivos” (1968), Zombie – O Despertar dos Mortos (1978) e Dia dos Mortos (1985), por exemplo, está no topo da minha lista.

Mas indo direto ao ponto, “Cargo” (2013) é um curta-metragem australiano de pouco mais de 7 minutos que chama a atenção pelo lado mais “humano” de se contar uma história de mortos-vivos.

Esqueça as produções milionárias, efeitos visuais chocantes, e grupos armados lutando pela sobrevivência enquanto fuzilam zumbis famintos. O filme não tem diálogo, e nem precisa, pois a linguagem não verbal usada na montagem da pequena história é genial.

Trata-se de um pai que foi mordido e tem que fazer tudo que ele puder para salvar sua pequena filha com o tempo que lhe resta no mundo dos vivos.

“Cargo” foi dirigido por Ben Howling e Yolanda Ramke, e foi finalista da Tropfest, maior premiação de curtas-metragem do mundo.

Assista: